Episode Transcript
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Bem-vindo ao podcast do a 40.
Hoje vamos fazer um estudo de caso do nosso leitor, que vamos chamar de consumista.
Em remissão.
Olha o caso interessante, é uma servidora pública, tem 44 anos e uma renda líquida mensal bem alta, 24000 BRL.
Uau.
24000 líquidos é uma renda excelente, né?
Sim.
E ela sempre foi controlada com dinheiro, sabe?
Mas aí veio a pandemia.
Parece que algumas decepções também.
E ela desenvolveu uma compulsão por compras online.
Hum, isso aconteceu com bastante gente, né?
Esse período mexeu muito com o emocional e os hábitos de.
Consumo exato.
E isso atrapalhou a capacidade dela de poupar nos últimos anos.
Mas o curioso é que, mesmo com essa fase, o patrimônio dela cresceu bastante.
Ah, é?
Como assim?
Parece que ela fez umas boas negociações com o imóveis, sabe?
Comprou, vendeu o apartamento, teve um bom tino para isso.
Interessante, então, apesar da dificuldade com as compras, ela conseguiu construir patrimônio por outro lado.
Isso hoje, ela mora sozinha, tem o carro quitado e o apartamento atual, que vale uns 2000000 de reais, também está quitado.
Nossa, 2000000 em imóvel quitado e essa renda?
A base dela é muito sólida, então.
Exatamente.
E é aí que a gente entra.
Nossa ideia hoje é tipo mergulhar nessa situação toda, analisar as finanças, as metas que ela tem para economizar, para investir.
E pensar em estratégias para ela retomar esse controle, né?
E planejar o futuro.
Isso, inclusive, considerando a Independência financeira, que é um tema que a gente fala muito aqui, né?
E ela mandou umas dúvidas bem específicas sobre isso.
Aposentadoria?
Até anos sabáticos.
Legal, gosto desses casos mais complexos.
Bom, vamos aos números para a gente entender melhor renda, como eu disse, 24000 BRL líquidos por mês.
E ainda tem décimo e terceiro e férias.
O.
K renda confirmada e as despesas.
Ela calcula que gasta uns 7000 BRL por mês hoje, mas ela já identificou onde pode cortar.
Olha só, 250 BRL de beach Tennis.
Hum.
Ok.
400 BRL de conta de água.
Essa eu achei alta, viu?
400 de água é realmente parece bastante pra quem mora sozinho, precisa ver o que tá acontecendo aí.
Pois é, +200 reais de streamings e ela quer cortar também iFood e gastos supérfluos de supermercado.
Faz sentido, são aqueles gastos que vão somando, né?
Sim.
E o patrimônio?
O carro que vale uns 100000, BRL o apê de 2000000.
Mas os investimentos ainda são bem pequenos, tem 10000 na poupança e 26000 num CDB.
Ah, entendi então o grosso do patrimônio está concentrado no imóvel e liquidez bem baixa.
Exato.
E dívidas?
Quase nada.
Só umas parcelinhas no cartão de crédito terminando.
Ok, com essa matemática é o potencial financeiro dela.
É absurdo, né?
Se a renda é 24000, BRL.
E as despesas são 7000, já sobram 17000 BRL por mês.
É muita coisa.
É mais de 70% da renda líquida que pode ser poupada.
Isso antes desses cortes que ela está planejando.
É um cenário perfeito para quem pensa em faia, né?
Financial independence retire earley.
Mesmo no contexto brasileiro, essa taxa de poupança é altíssima.
Totalmente o motor financeiro está aí.
Potente.
O gargalo, então, parece que não é o dinheiro em si, mas sim o comportamento, a questão da compulsão.
É o que parece.
E aí entram as metas dela para 2025, que são bem ambiciosas.
Ela quer poupar entre 150000 BRL e 200000 BRL no ano.
Uau 200000 BRL por ano, isso dá mais de 16000 BRL por mês.
Sim, 16700 mais ou menos pela conta que a gente fez com a renda dela, é factível, né?
Mas pra chegar lá, ela está até cogitando passar um ano sem comprar.
11 ano sem comprar?
Vindo de um histórico de compulsão, isso me soa um pouco como como uma medida drástica demais, talvez.
Foi o que eu pensei, é como ir de um extremo a compulsão, pro outro extremo, a privação total.
Será que isso é sustentável?
Olha, é compreensível a vontade de dar um choque, sabe?
Depois de perceber o estrago que a compulsão fez, claramente foi uma válvula de escape ali na pandemia para as decepções que ela mencionou.
Mas essas proibições muito radicais, tipo nunca mais, ou um ano inteiro sem nada, raramente funcionam a longo prazo.
Se você não mexe na causa, né?
Naquela necessidade que o ato de comprar estava preenchendo.
Um caminho mais sustentável seja focar.
Em autoconhecimento financeiro, entender os gatilhos da compra, trabalhar essas questões emocionais por trás, fazer mudanças mais graduais nos hábitos.
Tipo, em vez de cortar tudo, definir o que é importante?
Exato, e entender o que realmente traz satisfação para ela não é só sobre não comprar, é sobre encontrar outras Fontes de prazer e realização que não passem pelo carrinho de compras online, sabe?
Faz todo sentido e ela até pergunta sobre isso, né?
Quanto ela deveria investir por mês, mais ainda se permitindo pequenos luxos.
Ah, legal ela ter essa consciência, porque com essa capacidade de poupança toda dá para fazer as 2 coisas sim.
Com certeza, tipo definir um valor fixo para investir todo mês, sei lá, 15000 BRL.
Ou até mais, se os cortes funcionarem, sim.
E o que sobrar?
Usar para esses luxos, mas de forma planejada, consciente, não por impulso.
Perfeito é encontrar esse equilíbrio.
E sobre os investimentos em si para pensar em aposentadoria lá para os 60 e poucos, ou nesses anos sabáticos que ela sonha?
Sim, aí não dá para ficar só na poupança, no CDB, né?
Com 44 anos, ela tem um Horizonte de tempo bom pela frente, precisa diversificar.
Buscar algo com mais potencial de retorno?
Né?
Exatamente.
Pensar em ativos que possam render mais no longo prazo.
Talvez incluir renda variável, fundos imobiliários, quem sabe até um pouco de investimento no exterior.
Claro, sempre vendo o perfil de risco dela, né?
A gente não pode dar recomendação aqui por causa da CVM.
Claro, claro, é só uma visão geral da estratégia.
Mas a estratégia geral de investimento dela precisa, sim evoluir pra acompanhar as metas ambiciosas que ela tem.
Interessante você falar do perfil dela, porque ela mencionou que já teve sucesso com House fliping.
Ah, é verdade, você comentou no início.
Isso, comprar apartamento, reformar, vender e.
Parece que ela está pensando em fazer de novo, talvez vender esse atual de 2000000 para comprar outro mais barato, reformar e vender.
Olha.
Seria a terceira vez que ela faria isso, não seria essa uma forma de investimento que funciona para ela, já que deu certo antes?
É uma alternativa válida, sem dúvida.
E mostra que ela tem uma habilidade pra isso, né?
Conseguiu construir patrimônio assim?
Sim.
Mas tem que ponderar alguns pontos primeiro.
House flipping é trabalho ativo, quase um segundo emprego, vamos dizer, exige tempo, energia para procurar o imóvel certo, para gerenciar a reforma, para vender.
É verdade, não é passivo como um investimento financeiro.
Nada passivo e tem riscos, né?
Risco de mercado imobiliário, risco da reforma estourar o orçamento, risco de demorar para vender.
E aí eu pergunto, isso combina com o desejo dela de tirar anos sabáticos?
Hum, boa pergunta, talvez não, né?
Pode ser que ela esteja trocando um tipo de trabalho, o da compulsão por compras, por outro tipo de trabalho, o de reformar e vender imóveis.
Os investimentos financeiros, por outro lado, podem ser bem mais passivos, liberando justamente o tempo que ela quer pros sabáticos.
É uma escolha de estilo de vida também, né?
Onde ela quer colocar a energia dela.
Exatamente.
Não estou dizendo que é errado fazer o feeping funcionou até ela, mas ela precisa pensar se é isso que ela quer agora, considerando os outros objetivos.
Entendi e sobre a frugalidade que ela busca, mencionou até querer dicas de livros sobre contentamento.
Isso mostra que não é só cortar o iFood, né?
Com certeza mostra um desejo de mudança mais profunda.
Não é só fechar a torneira do gasto.
É realinhar os valores, o que realmente importa Pra Ela?
E a frugalidade pode ser isso, né?
Não necessariamente se privar de tudo, mas direcionar o dinheiro com consciência.
Perfeito é usar essa grana toda que ela ganha, esses 15017 1000 até mais que podem sobrar todo mês, e direcionar para os objetivos maiores.
Para aposentadoria, para os sabáticos?
Isso e se ela conseguir ser consistente agora, os 44.
Imagina o poder dos juros compostos daqui a 1520 anos?
O resultado lá na frente pode ser incrível, pode garantir a aposentadoria tranquila que ela espera, talvez até antecipar um pouco e, com certeza viabilizar esses períodos sabáticos com muito mais segurança.
Ok, então pra gente amarrar as ideias, o potencial financeiro dela é tipo enorme, uma capacidade de poupança que pode passar fácil dos 70% da renda.
Gigante.
O maior desafio parece ser mesmo comportamental, lidar com essa questão da compulsão.
Entender a raiz disso e construir hábitos que sejam sustentáveis, não só um choque de anos sem comprar.
Exato, buscar ajuda profissional para isso pode ser um caminho, inclusive.
Pode ser.
E a estratégia de investimento precisa ficar mais robusta, pensando no longo prazo, diversificando além do básico.
Fundamental para atingir as metas dela.
E essa via imobiliária House flipping funcionou antes?
Mas ela precisa pensar bem se o esforço e o trabalho ativo envolvidos compensam e se alinham com os objetivos de vida dela, agora como os sabáticos.
Perfeito é uma análise de custo benefício pessoal, né?
Exato.
Isso tudo levanta uma reflexão final, eu acho.
Além de cortar gasto a ou b ou escolher o investimento x ou y.
Qual é a mudança interna que precisa acontecer?
Como assim?
Para que a satisfação dela venha do progresso, sabe?
De ver patrimônio crescendo, de se sentir mais perto da tranquilidade financeira dos sonhos dela como sabáticos e não mais daquele clique de comprar algo online?
Ah, entendi.
Mudar a fonte da satisfação?
Exatamente como ela pode alinhar o uso dessa grana toda que ela ganha tão bem.
Com aquilo que realmente vai trazer realização para ela no longo prazo, acho que essa é a grande questão.
Para consumir, tem remissão?
Ótima reflexão e com isso precisamos fazer nosso aviso padrão.
Entendo que análise e comentários feitos por este blog deve ser visualizado apenas para fins educacionais ou de entretenimento.
Resultado passado não é garantia de resultado futuro.
Entendo também que OAA 40 não está fornecendo nem pode fornecer dicas de investimentos por restrições legais da CVM.
Portanto, são apenas sugestões e pitacos de um blogueiro de internet que jamais devem ser tomados como recomendações de investimentos.