Episode Transcript
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O podcast do aposente aos 40.
Hoje a gente vai mergulhar num assunto que, olha, tá sempre voltando à tona, né?
E este ano parece que com mais força ainda.
É verdade?
A gente tá falando daquela discussão sobre a fraqueza do dólar americano, ou pelo menos os questionamentos sobre ele continuar sendo a moeda de reserva mundial.
Um tema super relevante.
Pois é.
A gente deu uma olhada em várias Fontes recentes, artigos, análises, para tentar entender melhor essa história, então nossa missão aqui é meio que destrinchar os argumentos, né?
Viu que realmente ameaça o dólar?
E se as alternativas têm força para isso?
Exato, vê o que é ruído e o que é sinal, digamos assim.
Perfeito para começar, vamos dar um passo atrás rapidinho.
Como foi mesmo que o dólar virou esse gigante todo?
Foi depois da segunda guerra, né?
Isso exatamente com os acordos de Bretton Woods.
Ali por 1944, o dólar foi atrelado ao ouro e as outras moedas ao dólar.
Isso colocou os Estados Unidos no centro da economia global.
E funcionou bem pra um bom tempo.
Sim, décadas.
Mas assim é importante notar o que as análises mostram, hoje, o dólar ainda é dominante, tipo uns 60% das reservas dos bancos centrais.
Que ainda é bastante coisa, é.
Muito, sem dúvida.
Mas essa fatia já foi maior, sabe?
E a tendência, segundo os dados que a gente viu, é de uma queda lenta, gradual.
Provavelmente vai cair mais um pouco.
Entendi, e o que tá jogando lenha nessa fogueira?
Mais recentemente, as Fontes que Lemos apontam algumas coisas, várias.
Coisas, na verdade.
Por exemplo, ações políticas, né?
Ameaças de tarifas, essa instabilidade no comércio global, isso gera uma certa desconfiança?
Gira.
E outro ponto muito discutido.
Que uma das Fontes aprofunda bem é o debate sobre a Independência do banco central americano, o Fed.
Hum a questão da interferência política?
Exatamente.
A fonte até cita o exemplo da Turquia, né?
Onde a percepção de interferência política na política monetária levou a uma desvalorização forte da moeda.
Hum, então o argumento é que, se essa autonomia do Fed for questionada, isso pode minar a confiança global no dólar?
É um diferencial importante, por exemplo, em relação ao yuan chinês, onde a política monetária não tem essa mesma transparência.
Faz sentido.
E falando em geopolítica, tem a questão das sanções, como foi com a Rússia, né?
O uso do dólar como como arma, digamos.
Isso assustou muito a gente.
Exato, vimos relatos de países buscando ativamente reduzir essa dependência do dólar nas suas transações.
Sim, diversificar para não ficar tão vulnerável, né?
E aí entra o brics.
Pois é, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, eles aparecem em algumas análises, como um bloco que busca, sim, desafiar esse padrão.
Dólar.
E isso gera reações também, né?
Como as ameaças de tarifas que você mencionou antes?
É um jogo complexo.
Totalmente.
Mas aí a gente chega no ponto chave que várias Fontes martelam, que é pro dólar cair de verdade.
Precisa ter um substituto à altura, né?
E quando a gente olha para as alternativas, bom, a coisa complica.
É que o debate fica interessante mesmo porque, OK, tem o yuan chinês, a China é uma potência econômica de claro.
Ninguém nega.
Mas as Fontes detalham bem as Barreiras, a moeda não circula livremente, tem controle de capital forte do governo.
Ou seja, não dá para tirar e colocar dinheiro fácil.
Exato, e falta transparência tanto nos mercados quanto nas decisões do banco central deles.
Isso para um investidor Internacional, para um banco central, é complicado, gera desconfiança.
Entendi, tá, e o euro?
Já falaram muito do euro como sucessor.
Já mas o euro também tem seus próprios, digamos, desafios estruturais.
O risco político dentro da zona do euro ainda existe, né?
O Brexit foi um exemplo e tem a questão do design mesmo.
É uma união monetária, mas não é uma união fiscal completa.
Falta aquele Tesouro central forte para agir em crise.
Sabe?
Isso deixou dúvidas depois das crises passadas.
Certo, certo.
E as outras moedas que aparecem tipo iene, libra?
São importantes, claro, mas para ser a reserva mundial principal.
É mais difícil.
O Japão tem desafios de crescimento, demografia.
O Reino Unido, bom, a influência econômica global diminuiu um pouco.
São moedas Fortes, mas num nicho mais secundário.
E criptomoedas bitcoin?
Aparecem umas discussões, né?
Aparece, mas as Fontes que analisamos são bem céticas para esse papel de reserva global.
A volatilidade é.
Gigantesca.
Exatamente.
Inviabiliza para grandes transações ou para um banco central guardar valor ali com segurança?
Pelo menos por enquanto, o ouro continua sendo aquele ativo de diversificação clássico, mas a participação nas reservas totais ainda é pequena, mesmo com toda essa instabilidade recente.
Então tá juntando tudo isso que a gente viu nas Fontes, qual é a conclusão que fica?
Olha, a conclusão que parece mais consensual no material é que o cenário está mudando.
Sim.
Uma diversificação maior das reservas é provável.
Talvez até inevitável, mas.
Mas.
Mas num prazo bem longo, coisa de décadas, um colapso rápido do dólar, uma substituição no curto ou médio prazo parece bem improvável.
Por que?
Basicamente porque as alternativas, por todos esses motivos que a gente falou, estrutura política, confiança ainda não são atraentes o suficiente para tomar o lugar central do dólar.
Ele continua sendo como uma análise de um jeito bem pragmático, a opção menos ruim, a pior escolha, exceto todas as outras.
Entendi.
Então, resumido, o dólar está sendo questionado, sim, e a tendência é de mais diversificação.
Mas para ele perder o trono mesmo, falta um concorrente forte de verdade.
Exatamente, é essa a ideia.
E pra gente fechar, fica uma reflexão interessante, né?
Pensando nessa interação toda que as Fontes descrevem.
Qual?
Como será que essas decisões internas dos Estados Unidos, tipo esse debate sobre a autonomia do Fed, vão se cruzar com as mudanças geopolíticas maiores, como a força do brics ou as mudanças no comércio mundial?
Essa dinâmica pode acelerar ou frear o futuro do dólar de um jeito que a gente ainda nem imagina direito?
É um ponto excelente para se pensar bom e para quem quiser mais ferramentas e conteúdo sobre Independência financeira, sempre com foco aqui no Brasil.
A dica, visitar o aposentes40.org.
A gente agradece a companhia nesta análise e esperamos vocês na próxima até lá.