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11 - A PWR (TPR ou Taxa Perpétua de Retirada)

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Bem-vindo ao podcast do aposente aos 40, a casa da comunidade fire no Brasil.

Acesse www.aposenteaos40.org e conheça mais.

Bem vindos a nossa conversa de hoje.

O tema é interessante, taxa perpétua de retirada ou pwr?

Isso aí.

A gente deu uma olhada em várias Fontes, artigos, postos dual aquário, discussões lá no Reddit, análises do mad finches do motley full também.

Bastante material bom, né?

Sim, todos eles exploram jeitos de sacar dinheiro na aposentadoria.

Que vão assim um pouco além daquela famosa regra dos 4%.

Que todo mundo conhece, ou pelo menos já ouviu falar, né?

Exato.

Então nossa missão aqui é entender o que essa tal de PWR como ela se compara com a taxa segura de retirada?

ATSRE?

Por que ela pode ser uma alternativa bem interessante.

Principalmente para quem pensa em aposentadorias mais longas, né?

Ou para quem faz questão de preservar o Capital Inicial?

Isso mesmo.

Ok, então vamos começar a desempacotar isso.

Pra começar, vamos relembrar rapidinho a regra dos 4%?

ATSR boa.

Ela surgiu lá nos anos 90 com o estudo do William bending, né?

E o foco era bem específico, aposentadorias de 30 anos.

Certo, e o objetivo era.

Era garantir que o dinheiro não acabasse nesse período, basicamente usando dados históricos, claro.

E historicamente funcionou em muitos cenários, né?

Funcionou, mas é importante definir o que era funcionar.

Dar certo ali significava terminar os 30 anos com qualquer saldo acima de zero.

Podia ser 1 USD 1 BRL e já era sucesso.

Uhum, não necessariamente preservando o poder de compra inicial ou algo assim, só não zerar.

Exatamente.

E aí, né?

Que a taxa perpétua de retirada PWR entra com uma proposta diferente.

A diferença fundamental está no objetivo mesmo.

Explica pra gente?

Enquanto ATSR foca em, digamos, sobreviver aos 30 anos, APWR adota um princípio mais conservador, o de não perder dinheiro.

Não perder dinheiro, como assim?

Significa preservar o valor principal, o montante original que você juntou, só que é ajustado pela inflação e a ideia é que isso dure.

Indefinidamente pra sempre.

Pra sempre, uau.

É, é a abordagem que a gente vê em fundos patrimoniais de universidades grandes, tipo Harvard, Yale, famílias muito ricas, investidores institucionais que precisam que o dinheiro dure gerações.

Entendi então ela é desenhada para ser muito mais robusta?

Exatamente projetada para durar pra sempre, resistindo até os piores cenários econômicos que a gente tem.

Registro histórico.

E ainda assim, manter o Capital Inicial intacto em termos reais, né, ajustado pela inflação.

Foi sentido?

O que é fascinante aqui, eu acho, não é só o número ser diferente, é uma mudança quase filosófica, sabe?

O objetivo não é só fazer o dinheiro render para você gastar até o fim, é fazer o capital original durar.

Certo.

E falando em números, como é que a pwr e a tsr se comparam na prática?

As Fontes mostram alguma coisa?

Mostram, sim, o pessoal do AA 40, por exemplo.

Eles indicam que as taxas até podem convergir se o prazo for muito, muito longo.

Mas no geral, a pwr vai ser mais baixa que a tsr.

Mais baixa.

É o motolyful dá um exemplo bom, uma carteira meio a meio, 50% ações, 50% renda fixa.

Para um Horizonte de 40 anos, ATSR histórica, ficaria ali perto dos 4%.

Já APWR pra essa mesma carteira, seria uns 3,4%.

Um 3,4% contra uns 4%.

A diferença não parece tão grande assim no papel.

Pois é, parece pequena, né?

Mas esse 0,6%, a menos que você tira todo ano no começo.

Hum, ele é a chave para a.

Chave para quê?

Esse percentual menor é, na verdade, tipo um prêmio de seguro que APWR te cobra é o custo para garantir que o principal, corrigido pela inflação, tenha uma probabilidade altíssima, quase certeza de sobreviver intacto.

Mesmo que você tenha o azar de se aposentar bem na boca de uma crise feia, sabe?

Entendi a terça pode levar até o fim dos 30 anos, mas talvez com o carro quase sem gasolina no final.

Exato, enquanto APWAR tenta manter o poço sempre cheio ou pelo menos no nível original corrigido.

É um trade off, claro, você tira um pouco menos no início, mas ganha muito mais segurança e a preservação do capital a longo prazo.

Isso me leva a pensar no pessoal do fire, sabe?

Independência financeira, aposentadoria e antecipada?

Com certeza tem tudo a ver.

Porque ATSA padrão, esses 4% foi pensada para 30 anos, mas quem se aposenta aos 4045?

Pode precisar que o dinheiro dure 5060 anos ou até mais.

Exatamente.

E as pesquisas que o Matt fientes mencionam mostram justamente isso.

Pra esses horizontes super longos, a taxa segura de retirada TSR tende a cair.

Ela não se sustenta nos 4%.

Talvez caia para algo em torno de 3 e meio por cento por aí.

EAPWR nesse cenário?

APWR pela própria definição dela, já nasce pensando na perpetuidade.

Ela lida com durações indefinidas por natureza.

Então, para quem busca essa aposentadoria bem longa, ela já está mais alinhada desde o princípio.

Faz sentido?

E para o Brasil, tem alguma estimativa?

Porque nossos dados históricos são mais curtos, né?

É?

Essa é uma questão importante.

O A40 até se arrisca a dar uma estimativa.

Eles falam algo entre 3 e meio por 104% de PWR pro cenário brasileiro.

Mas eles mesmos colocam a ressalva.

Nossa base de dados históricos é bem menor que a Americana, por exemplo.

Então é uma estimativa com 1° de incerteza maior.

Entendi, é uma referência, mas com cuidado e pensando no lado prático, o que as Fontes comentam?

O pessoal que discute isso no Red, no a 40, o que eles falam?

Uma coisa que aparece bastante é justamente esse desejo que muita gente tem de nunca precisar gastar o principal de viver só dos rendimentos ou de uma forma que o bolo inicial não diminua em termos reais.

E essa mentalidade casa perfeitamente com APWR, né?

Exatamente, APWR é a ferramenta matemática pra quem tem esse objetivo.

Claro que surgem outras ideias nas discussões, né?

Tipo o que?

Ah, tem gente que prefere focar só em receber dividendos para não ter que vender ativos, por exemplo.

Mas aí entram outras questões, né?

Focar só em dividendo pode impactar o retorno total da carteira?

Pode não ser estratégia mais eficiente em termos de crescimento.

Entendi, não é tão simples.

Não é, mas um ponto que é quase um consenso e aparece em todas as Fontes.

É importância da flexibilidade.

Flexibilidade de.

Que tipo de poder ajustar os gastos se a coisa apertar ou, sei lá, de voltar a fazer algum trabalho de meio período, gerar uma renda extra, se for preciso?

Isso funciona como uma camada extra de segurança, não importa se você tá usando OTSR ou PWR.

Tá sim, adaptabilidade.

Isso você combina regra inicial, seja ela qual for, com a capacidade de se adaptar à realidade que aparecer.

Mas voltando pra segurança que a pwr oferece por si só, ela é especialmente boa contra um risco bem específico.

Qual o risco?

O risco da sequência de retornos?

O med Fiat explora isso bem.

Certo sequência de retornos, me lembro o que é isso?

É o seguinte, o maior perigo pra quem começa a sacar dinheiro da carteira é ter resultados muito ruins, tipo quedas Fortes na bolsa logo nos primeiros anos da aposentadoria.

Ah, sim.

Se você perde muito no começo, fica difícil recuperar depois, né?

Com as retiradas acontecendo.

Exatamente isso pode detonar a longevidade do seu dinheiro.

Mesmo que os retornos médios a longo prazo sejam bons, se os primeiros anos forem péssimos, o estrago pode ser grande.

E como APWR ajuda com isso?

APWR é calculada para ser tão conservadora, tão baixa, que ela consegue sobreviver justamente as piores sequências de retorno que a gente já viu na história.

Se o seu portfólio consegue passar bem pelos primeiros 1015 anos, mesmo que eles sejam turbulentos usando uma taxa pwr, a chance dele durar indefinidamente depois disso aumenta muito.

Entendi, ela é feita para aguentar o tranco inicial.

Que estratégia desenhada para preservar o capital e isso abre a porta real para deixar um legado.

Né, já que o principal está sendo ativamente protegido.

Faz sentido, a taxa menor é o preço dessa proteção extra, dessa robustez.

Exato, é o custo do seguro.

Então, resumindo o que a gente viu, a pwr é uma abordagem mais conservadora que até serr clássica.

O foco dela não é só garantir a renda para você viver.

Não.

O foco principal é preservar o poder de compra do capital que você acumulou.

Preservar?

Para sempre, essa é a ideia.

Ideal, então, para quem planeja viver muito tempo aposentado, como o pessoal do fire, ou para quem realmente faz questão de deixar uma herança ou manter doações por alguma causa ou algo assim.

Perfeito.

A meta muda.

Não é mais não zerar o saldo.

A meta vira manter o principal intacto e corrigido pela inflação.

Entendi é uma mudança de perspetiva importante e.

Isso, acho, nos leva a uma reflexão final.

Que meio que ecoa o que a gente viu nas Fontes.

Pensar em termos de pwr, ou mesmo só considerar essa opção, força a gente a fazer uma análise mais profunda, né?

Dos nossos verdadeiros objetivos com o dinheiro que a gente junta para aposentadoria.

Como assim o?

Propósito final é só garantir o nosso próprio sustento, mesmo que isso signifique gastar todo o capital até o último centavo.

Ou existe um desejo talvez mais profundo?

De preservar essa Riqueza, seja pela segurança psicológica que isso traz, seja para ajudar as próximas gerações da família ou para apoiar causas em que a gente acredita.

Hum, interessante.

Isso levanta uma questão importante, sabe sobre o significado e o destino do patrimônio que a gente constrói a escolha entre usar uma tsr que permite gastar mais no início, mas consome o principal.

E uma pwr que exige mais moderação, mas preserva o capital.

Essa escolha acaba refletindo respostas bem diferentes pra essa pergunta fundamental sobre o nosso dinheiro e os nossos objetivos de vida.

É uma boa provocação para quem está nos ouvindo pensar a respeito.

Qual o objetivo final do seu próprio plano?

É só sobreviver ou é preservar e talvez perpetuar?

Exatamente, é uma pergunta que vai muito além do número da taxa de retirada.

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