Vou começar com uma frase que talvez acione memórias aí pra uma galera.

É a frase, as fotos da festa ficaram ótimas, você lembra alguma coisa pra mim?

Lembra, né?

O pessoal que é mais novo, o pessoal que não pegou a época do Orkut, vai ficar curioso porque provavelmente escapou dessa.

Agora a gente que é mais vivido, a gente deu de cara com essa frase em algum momento dos anos 2000.

Era uma frase que podia vir num e-mail, podia vir em mensagens do Orkut, normalmente com um link.

Aí a gente que tinha ido pra balada tinha tirado altas fotos com a nossa câmerazinha Cyber shot.

Pensava assim, meu Deus, as fotos da festa tenho que ver.

Aí clicava e caía igual uns besta como a gente fala.

A gente era imediatamente infetado por um vírus de computador.

Eu vi alguém usar essa frase outro dia em rede social, mas de zoeira, não era o vírus.

E fiquei pensando, poxa, os vírus de computador são uma coisa que existem a nossa vida inteira, né?

Como será que eles surgiram?

E aí, como muitos episódios aqui do aprenda nascem, esse daí veio de uma indagação que surgiu na minha cabeça e hoje eu conto pra você o que eu encontrei quando eu fui procurar essa resposta quando surgiram os vírus de computador.

Este é o aprenda tech, seu podcast sobre inteligência artificial, internet e tecnologia.

Eu sou o Álvaro Leme, jornalista especializado em IAEA.

Cada episódio Descomplica inovações que impactam o seu dia a dia.

E aí aprendiz.

E cheguei com mais um aprenda tech, o spinoff do aprenda em 5 minutos, criado para falar de tecnologia, inteligência artificial e outras inovações que viraram parte das nossas vidas.

Você tem ideia de quando surgiram os vírus de computador?

A gente vai começar de uma maneira lúdico o episódio, tá?

Eu vou falar 3 opções pra você aí que tá me ouvindo.

Arriscar um palpite?

Você acha que os vírus do computador surgiram nos anos 1870, nos anos 1970 ou nos anos 1990?

Enquanto você pensa aí nas opções, eu vou dar meu recadinho.

Usando o cupom alvino, você ganha 10% de desconto na Evino, que é o melhor e Commerce de vinhos do país.

Dá para você escolher.

Por exemplo, eu fiz isso outro dia.

Um kit com 10 vinhos por 250 BRL.

Pô, fica 25 BRL.

A garrafa já é um preço ótimo, certo?

Aí você joga o cupom, o cupom alvino e ele tira aí 10% de desconto, faz a matemática e ele baixa para 225, então fica 22 e 50 cada garrafa.

Se você for num restaurante pedir 11 taça de vinho, você vai pagar mais que isso aí tá aqui em São Paulo principalmente.

Então você tá ligado que é só vantagem, certo?

Usa lá cupom alvino na ovino.

Vamos agora com a resposta do nosso enigma, né?

O primeiro vírus de computador é dos anos 1870, 1970 ou 1990.

Acertou quem escolheu a opção anos 1970.

O primeiro registro de um vírus que diz se tem notícia é de 1971, para ser mais específico, quer dizer 54 anos atrás.

Foi um vírus chamado creeper, que é uma palavra em inglês que a gente pode tanto traduzir como espreitador quanto rastejador.

Aquelas coisas que ficam creepping, tá, ficam rastejando.

O creeper foi criado por um cara chamado Bob Thomas numa empresa chamada bbn technology.

O vírus creeper circulava por computadores conectados a arpanet, que foi uma rede antecessora da internet, e ele apenas mostrava uma mensagem na tela.

Ela, sem causar prejuí o.

O que o Bob Thomas queria, né?

De fato, era demonstrar a ideia de um código capaz de se mover de uma máquina para outra por conta própria.

Agora, se uma pessoa perguntar para você o que é um vírus de computador, que que você vai dizer?

Eu sempre proponho essa abordagem aqui porque eu acho importante a gente procurar definir conceitos, definir as coisas, né?

Então, se alguém perguntar, você pode dizer que um vírus de computador é um tipo de software malicioso que tem a.

A capacidade de se auto replicar e de se espalhar infectando outros programas, outros arquivos, outros dispositivos memorizou.

Então eu vou dizer de novo para você memorizar, vírus de computador é um tipo de software malicioso que tem a capacidade de se auto replicar e de se espalhar infectando outros programas, arquivos ou dispositivos.

Pensando bem, é igualzinho aos vírus do mundo biológico, né?

Vírus da gripe, o coronavírus.

Eles vão se espalhando por conta própria, por assim dizer, e tendo hospedeiros pra ajudar nisso.

Antigamente é, não tinha internet, mas isso acontecia de outras maneiras que a gente já vai ver qual é daqui a pouquinho.

Outra coisa importante em relação ao vírus quipper é que, por causa dele, surgiu também o primeiro antivírus, o que é natural, né?

Se tem a doença, alguém vai procurar.

A cura.

Foi assim que nasceu o ripper.

De um lado, ripper, do outro, o ripper, que foi o primeiro antivírus.

Ele tinha essa função de caçar o ripper nas redes, nas redes da época, né?

Não existia internet como a gente viu.

O ripper, ele surgiu em 1972 e esse nome aí, ripper, ele é também da língua inglesa e significa Ceifador.

Significa aquele que dá fim à vida.

Tá ceifa vida.

Tanto que no inglês, aquela figura que representa a morte, sabe aquela aquele.

É bem assustador assim da morte como a capa com uma foice, ela é chamada de green reaper, que quer dizer, Ceifador Sombrio, Ceifador sinistro.

Até aqui a gente viu que surgiu o vírus reaper e na esteira dele veio o antivírus reaper.

Beleza, isso aí você memorizou, já pode até repassar informação.

Nos anos seguintes, surgiram outros vírus focados no público comum, como por exemplo, o el cloner, em 1982, que se espalhava por disquetes em computadores Apple 2.

Só que assim era uma coisa bem inofensiva, tá?

Depois de algum tempo, é o que fazia é que ele mostrava um poema na tela, era uma coisa mais lúdica, bem diferente de como a gente sabe que é hoje.

E como foi que os vírus transitaram dessa coisa lúdica pra essa coisa assustadora que é a realidade atual?

Os vírus começaram a ficar do mal em 1986, que foi também o ano em que eu nasci.

Mentira, tá?

Eu nasci antes disso, mas não vem ao caso.

Em 1986, Dois Irmãos no Paquistão criaram o brain brain cérebro em inglês, né?

Que é considerado o primeiro vírus pra PC, PC, personal computer.

Vale lembrar vocês que naquela época não era igual.

Hoje, tá que tem computador na casa de todo mundo?

A ideia de personal computer ela só começou a virar realidade no Brasil nos anos 90, mais para o fim da década de 90 e se você olhar bem para muitos domicílios, considerando que o Brasil é um país gigantesco.

Para muitos domicílios é essa ideia de personal computer, de ter um computador dentro de casa, só foi rolar já nos anos 2000.

Qual que é a história do vírus brain e por que que você precisa saber dela?

Por que que ela está aqui?

Foi assim os irmãos bastit, Ian, JAD faruk, alve alve que não tem nada a ver com Alvaro, tá?

Nossa, vou ter que repetir o nome deles, os irmãos bast yung, JAD faruk, alve, eles tinham uma loja no Paquistão.

E nessa loja, eles desenvolviam programas de computador.

Eles tinham criado um programa de computador focado em saúde e descobriram que tava sendo muito pirateado.

Aí eles resolveram criar um vírus para combater esse problema, que foi o vírus brain.

Por que que o vírus brain marcou a época?

Porque foi graças a ele que o mundo percebeu a facilidade com que um vírus se espalhava em vários lugares do Globo, o brain.

Ele infectava os computadores.

Daí se você colocasse um disquete, infectava o disquete.

E aí, se você levasse esse disquete pra outro computador, passava pra outro computador.

E nessa de passa pra lá, passa pra cá, de repente, tinha computadores em vários outros lugares do mundo infectados com esse, com essa Praga digital.

O que surgiu lá no Paquistão saltando aí de 1986 pros anos 1990?

A gente tem o que de importantíssimo acontecendo nos anos 90 no que diz respeito AA computador, tecnologia tem a popularização da internet e o crescimento do uso de e-mail.

Com OE mail, os vírus ganharam outra chance de se espalhar, tá?

Ou seja, antes era só com disquete, com coisas que você tirava de um computador e encaixava em outro.

Agora, os computadores estando ligados, é como se tivesse criado assim uma auto estrada, uma conexão direta para eles irem de um computador para o outro.

Aliás, eu nunca, nunca vou esquecer que aconteceu comigo, que tem a ver com isso, tá?

Em 1998, meu pai comprou o primeiro computador lá de casa, depois de um.

Enchi muito a paciência dele, tadinho, era daquela marca itautec sabe que anunciava nas revistas, eu tinha o sonho de ganhar um e beleza, ganhei, fiquei super feliz, é né?

Muito, muito obrigado pai.

Chegou o computador, instalei tudo, fui lendo o manual, configurei no meu e-mail Outlook Express, olha as coisas que a gente dava atenção, né?

Era chique ter Outlook Express para mim, pelo menos aí eu cliquei lá enviar e receber.

E aí aparecia uma janelinha com uma Barrinha se mexendo que indicava que tinha e-mail chegando.

E quando terminava a de baixar OE mail, fazia um barulhinho que era assim, emoção total.

Chegou meu primeiro e-mail, que era uma mensagem do meu amigo Bruno Guedes.

E aí eu muito animado, meu Deus, e-mail, meu primeiro e-mail cliquei e era vírus, meu primeiro e-mail na vida veio com vírus.

Se você disser que isso não traumatiza, vai.

Traumatiza, pelo amor de Deus, e era um vírus tão maldito, mas tão maldito, né?

E ele se auto enviou.

Não foi meu amigo que me mandou.

Ele sozinho se enviou para toda a lista do meu amigo.

Enfim, era um vírus tão maldito que teve que chamar técnico, teve que formatar o computador e aí eu só fui poder usar de novo vários dias depois.

Que que a gente veio aqui?

A gente veio aqui que eu era um tonto, né?

Mas não só entre 1986, quando surgiu o vírus brain, e 1998, quando eu fui vítima de sei lá qual vírus, esses softwares ficaram muito mais destrutivos.

E de 98 para cá, isso aumentou ainda mais.

A partir dos anos 2000, os vírus passaram a atingir empresas, a atingir governos, a ter foco em roubo de dados, torção, espionagem.

Hoje tem aquela prática que chamam de ransomware que é assim.

Eles contaminam o sistema de uma empresa e exigem que a que a empresa pague um resgate pra poder continuar a acessar os sistemas delas de novo.

Os arquivos às vezes ameaçam de apagar e às vezes apagam tá.

Às vezes vazam dados.

Enfim, as empresas hoje precisam destinar milhões para proteger as suas redes.

O que começou como uma brincadeira que mostrava poema na tela virou um crime dos mais temidos.

Se você gosta do aprenda, segue a gente aqui nas redes sociais, beleza?

No Instagram tem arroba, aprenda podcast e tem o meu insta pessoal que é arroba Álvaro Leme.

Eu deixo também o convite para você ler minha coluna no site da revista veja, que é a coluna planeta e a.

Lá eu escrevo sobre tecnologia, sobre inovação e especialmente sobre inteligência artificial.

Procura no Google, planeta e a que você acha rapidinho?

Tá bom, eu volto a qualquer momento com mais coisas que você nem sabia que precisava saber.